sábado, 31 de outubro de 2015

Sentimentos

Estou desde agosto coletando informações junto a bibliotecas nacionais de diferentes países. Mandei mensagens para 12 bibliotecas e até agora obtive retorno de oito, o que considerei um número bem razoável. Uma delas, porém, me tira do sério. A BN da Argentina tem um e-mail de contato e um formulário de pesquisa. Uma única senhora parece responder aos dois. Já troquei algumas mensagens com ela. Quer dizer, no primeiro e-mail enviado, ela me respondeu que deveria preencher o formulário, que a consulta não poderia ser por e-mail. Preenchi o formulário. Recebi uma resposta da mesma pessoa dizendo que tinha escolher a opção "trapalanda", que se refere especificamente à coleção de jornais. Fiz isso. Depois nunca mais obtive nada, nenhum retorno. Esses dias escrevi para ela, perguntando se não podia ao menos encaminhar os e-mails para os lugares certos. Agora estou pensando em escrever um e-mail dizendo que não deve haver bibliotecários na BN argentina, pois para mim é inadmissível uma biblioteca ignorar seus usuários. 

O ex-diretor da seção de periódicos da BN francesa me escreveu para dizer que havia se aposentado. Seu sucessor, para quem ele encaminhou as minhas perguntas, nunca deu resposta. 

Já de outros lugares recebi retornos imediatos, como da Costa Rica, de Liechtenstein e da Áustria. O colega da Nova Zelândia foi superantecioso. 

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Agora estou levantando dados com estudantes para minha pesquisa. Há sempre alguém disposto a ajudar. Esses dias, que estava com os nervos à flor da pele, cheguei a chorar ao receber uma resposta. Fazer doutorado realmente mexe com nosso equilíbrio emocional. 

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Ontem morreu uma das minhas primas mais queridas. Eu gosto de todos os meus primos do lado do pai. Somos mais de 40, mas tem alguns com quem tive contato mais frequente. Diana sempre foi muito amorosa e querida. Eu sinto muito que tenha passado tantos anos de sofrimento e que tenha de partir tão cedo. 

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Hoje vi um assalto em uma rua supermovimentada de Botafogo. O ladrão, visivelmente drogado, abordou um menino de uns 15 anos, que lhe entregou o celular depois de alguns segundos sem entender o que estava se passando. O ladrão saiu caminhando lentamente, como se nada fosse, certo de que nada lhe aconteceria. Como eu, algumas pessoas notaram o que aconteceu, mas ninguém fez nada. Outros, nos bares lotados do outro lado da rua, nem perceberam. Fiquei me sentindo muito mal com a situação toda.

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